03/02/2020
A Anvisa criou um grupo de trabalho para acompanhar questões relacionadas ao novo coronavírus (nCoV), recentemente identificado na China, neste mês de janeiro. O grupo contará com servidores do Gabinete do Diretor-Presidente (Gadip), da Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF), da Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ASNVS) e da Assessoria de Comunicação (Ascom).
A ação reforça medidas preventivas e de monitoramento da doença, que ainda não tem nenhum caso suspeito identificado no Brasil. A medida se soma a outras já adotadas pelo órgão, como o repasse de orientações para equipes da vigilância sanitária de todo o país, especialmente as que atuam no controle de portos e aeroportos.
A Agência também já realizou reunião com representantes de companhias aéreas, empresas instaladas no aeroporto de Guarulhos e órgãos de saúde do estado e dos municípios de São Paulo para sensibilizar sobre a identificação e a comunicação de possíveis casos suspeitos.
Além disso, a Anvisa está divulgando nos aeroportos avisos sonoros com recomendações sobre sinais e sintomas da doença, bem como os cuidados básicos que passageiros e tripulantes devem adotar.
De acordo com o diretor, o país conta com protocolos e procedimentos atualizados e eficazes para agir diante de casos concretos. “No momento, as resoluções da Anvisa são suficientes para lidar com a abordagem da situação”. Também participaram da coletiva o titular da GGPAF e chefe de Gabinete, Marcus Aurélio de Miranda, e a especialista Viviane Vilela.
Atuação
A Anvisa integra o Comitê de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus, instalado e coordenado pelo Ministério da Saúde. É também responsável pelo controle sanitário em portos, aeroportos e fronteiras do país e conta com normas que orientam a atuação de toda a rede de vigilância brasileira. A atuação inclui o controle sanitário de cargas, viajantes e tripulantes, bem como os meios de transporte. A regulação segue o Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
Antonio Barra frisou que os servidores da vigilância sanitária são capacitados e treinados para lidar com a situação, e que estão cientes de todos os procedimentos relativos ao novo coronavírus. Barra disse também que os procedimentos já fazem parte da rotina de trabalho dos servidores que fazem o acompanhamento da limpeza e desinfecção de meios de transporte e terminais, detecção e encaminhamento de casos suspeitos.
Mais atenção
O diretor-presidente substituto também explicou que a Anvisa tem alertado todas as equipes de vigilância do país para que fiquem atentas aos sinais de doença respiratória em passageiros de aeronaves e embarcações vindas de outros países. Dessa forma, a vigilância aumenta a sensibilidade para a detecção de casos suspeitos, conforme a definição do Ministério da Saúde.
O órgão também reforçou a orientação para que os casos suspeitos de nCoV nos terminais sejam notificados imediatamente. A Anvisa recebe informações sobre pessoas que apresentem qualquer sintoma durante o voo ou durante viagem em navios.
Paraná
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná vem adotando medidas de prevenção e cuidados para controle do Novo Coronavírus no Paraná, assim como a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Além disso, monitoram os casos suspeitos no Estado e na capital paranaense. As duas secretarias informam que o Paraná não é considerada região em nível elevado de contaminação.
No último dia 24 de janeiro, foi emitida uma Nota Informativa com recomendações para que profissionais de Saúde adotem medidas preventivas, seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. A Nota Informativa destaca que é prudente adotar os cuidados básicos de higiene para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas.
Em humanos, o Novo Coronavírus pode ser transmitido pelas
gotículas respiratórias, por tosse e espirros em curta distância, sendo também
transmitido por objetos contaminados. O vírus pode se disseminar no ar,
afetando principalmente pessoas com a imunidade debilitada. No caso de sintomas
sugestivos de doença respiratória, as pessoas devem procurar atendimento médico
e compartilhar o histórico de viagens.
O período de incubação do vírus é de cerca de 2 a 7 dias, podendo chegar a 16
dias.
Em casos mais leves podem parecer sintomas como os da gripe ou resfriado comum
(tosse, febre e dificuldade para respirar). Casos mais graves podem evoluir
para pneumonia ou síndrome respiratória aguda grave.
Fonte: Anvisa e Secretaria da Saúde do Paraná
A Associação dos Hospitais do Estado do Paraná (Ahopar) é uma entidade de cunho associativo, que congrega todos os serviços de saúde como hospitais, clínicas e casas de saúde públicas e privadas de todo o Paraná e faz parte da Federação Brasileira de Hospitais (FBH).
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Lincoln Vieira Magalhães
Presidente