Depressão causa prejuízos às empresas

 05/03/2020

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão somada à ansiedade  tem impacto na economia global de um bilhão de dólares por ano em perda de produtividade e, em 2020, será a segunda principal causa de incapacidade no mundo todo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Estudos mais recentes feitos na Região Metropolitana de São Paulo apontam que 18% da população sofrem de depressão, número três vezes superior ao índice da OMS que aponta 6% de brasileiros com a doença. “Há um aumento do diagnóstico da depressão no Brasil e não foi feito ainda um estudo com metodologia mais moderna no país. Somos campeões mundiais em ansiedade e depressão. Muitos casos da doença não eram diagnosticados antigamente. Hoje, o acesso a serviços de saúde mental é maior, as pessoas estão mais informadas sobre doenças mentais e seus direitos”, avalia o psiquiatra da Clínica Heidelberg, Roberto Ratzke.

As doenças que mais acometem o trabalhador em seu ambiente de trabalho são a depressão, os transtornos de ansiedade e o uso nocivo e dependência do álcool, segundo o psiquiatra. Ele aponta que os fatores que mais desencadeiam a depressão no trabalho são a falta de perspectiva de evolução de carreira, expectativas irreais de resultados no trabalho, problemas de comunicação entre funcionários e diferentes níveis hierárquicos nas empresas, além de fatores que considera próprios dos funcionários como sexo feminino, isolamento e histórico familiar da doença. 

De acordo com o Relatório Global de Tendências Médicas 2018, o acompanhamento e os tratamentos dos transtornos mentais estão disponíveis até certo ponto para os funcionários cobertos por planos de saúde. Para Ratzke, as empresas deveriam encaminhar os colaboradores com depressão ou outras doenças mentais para um tratamento adequado. “As empresas devem lidar com as doenças mentais sem preconceito, como qualquer outra doença”, afirma o psiquiatra.

Impactos

Para Ratzke, o maior custo das doenças mentais na sociedade não são os gastos com o tratamento, a psicoterapia ou a medicação. Segundo ele, o maior custo é o absenteísmo, as faltas ao trabalho, a perda da produtividade nas horas trabalhadas e o aumento de erros no exercício profissional. Segundo ele, a estimativa dos custos da a depressão é de mais de 100 bilhões de dólares por ano, nos Estados Unidos, por exemplo. “Este custo é considerado conservador, pois não considera o impacto que a depressão tem em comorbidades clínicas, como as doenças cardiovasculares”, observa o médico. Entre os maiores impactos das doenças mentais no trabalho, Ratzke aponta que o trabalhador, além da propensão a cometer erros, pode sofrer acidentes de trabalho com mais facilidade. 

Divulgação

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