Inflação médica deve ser de 15% neste ano

 03/02/2020

A inflação médica no ano passado aumentou 17%, uma alta proporcional a igual período em 2018. A estimativa é que a inflação médica chegue a 15% em 2020, e este percentual não deve ser muito diferente do que será aplicado nos reajustes dos planos de saúde. Apesar da previsão de queda de dois pontos percentuais, a inflação médica brasileira ainda é uma das mais altas do mundo. Dados do Instituto de Estudo de Saúde Suplementar (IESS) mostram que os planos coletivos, que representam a maior parte dos contratos, tiveram aumento superior a 17% em 2018. Isso corresponde a quase três vezes o valor de aumento em países como a China e o Canadá, por exemplo.

Segundo Hugo Casini Mello, coordenador de benefícios da Implus Care, o aumento contínuo da assistência médica é uma tendência, pois diversos fatores influenciam os custos. “Os avanços tecnológicos da área da saúde são bastante significativos e representam investimentos em novas terapias, assim como também deve se considerar os padrões de atendimento. Tudo isso vai implicar na margem de negociação das empresas”, explica o coordenador.

Outro fator que influencia diretamente no reajuste é a frequência do uso do plano, número que também aumenta a cada ano. Conforme pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o registro de procedimentos médicos aumentou cerca de 4% entre 2017 e 2018. Em termos de custos, somente no ano de 2018, as despesas chegaram a R$ 160 bilhões. “Esses valores estão diretamente relacionados ao aumento no número médio de procedimentos e tipos de serviços realizados pelos beneficiários”, avalia Mello.

Por isso, é importante que a empresa conheça o perfil da sua população de beneficiários para adotar práticas que visem reduzir custos e que promovam a prevenção de doenças. “Uma boa alternativa é fazer o mapeamento dos grupos de risco e elaborar um programa de acompanhamento para pessoas que tenham doenças crônicas. Agir de maneira preventiva sempre vai trazer resultados mais positivos”, enfatiza o coordenador.

Medicina preventiva

Na opinião da presidente da Ahopar, Márcia Rangel de Abreu, os esforços em investimentos na atenção primária e na medicina preventiva são mecanismos relevantes para equilibrar os custos a longo médio longo prazo, ainda se considerar o engajamento do principal agente financiador do sistema da saúde suplementar - as empresas contratantes. A médica Aline Pasiani, gestora da Implus Care, também aponta o desenvolvimento de um Núcleo de Atenção Primária que visa integrar os cuidados com ações de prevenção, tratamento e cura, além de programas de saúde voltados a populações específicas (gestantes, crônicos, tabagismo, obesidade, entre outros). “A atenção primária está centrada no acompanhamento contínuo do funcionário, que vai envolver diversas ações como programas de qualidade de vida e de gerenciamento da saúde. A base de apoio será o médico de família que, além de estabelecer protocolos contínuos de atendimento, também vai ter uma relação muito mais próxima com o paciente”, esclarece Aline.

Porém, em alguns casos, mesmo estabelecendo ações e programas de saúde, a empresa precisa repensar o tipo de produto contratado, a abrangência do plano e a contrapartida cobrada dos colaboradores. “Também é importante estabelecer campanhas de uso consciente, orientando a maneira mais eficaz de utilizar o plano. Afinal, o custo vai acabar sendo revertido para o próprio funcionário”, finaliza Mello.

Fonte: Com Portal Saúde Business

Foto: Divulgação

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